Dia 19 de agosto é o Dia do Historiador, e temos neste dia um presente para todos os que se interessam pela história do Projeto de Lei 4.699/2012 de regulamentação da profissão do historiador: uma revelação sobre os motivos dessa proposta de reserva de mercado.
A "carta-programa" da antiga diretoria da ANPUH, cujo presidente foi Benito Bisso Schmidt, defendia a necessidade de regulamentação da profissão do historiador com o seguinte argumento:
"Além disso, apesar da multiplicação de instituições voltadas à preservação do patrimônio histórico, frequentemente os profissionais de História não são incorporados a seus quadros, seja porque não têm uma formação adequada, seja porque a profissão não está regulamentada, nem apresenta visibilidade junto à sociedade."
Benito Bisso Schmidt |
Entendeu?
Vamos repetir, de outra forma:
A antiga diretoria da ANPUH admite que os "profissionais de História" (diplomados em história) não são contratados por instituições relacionadas com a preservação do patrimônio histórico PORQUE NÃO TÊM UMA FORMAÇÃO ADEQUADA. São incompetentes para lidar com essas questões, porque na verdade nunca estudaram o assunto.
Mas o Projeto de Lei defendido pela ANPUH resolve isso... Como? Mudando e melhorando os cursos de História? Não, isso seria muito complicado, daria muito trabalho...
A solução é simples: um projeto de lei que OBRIGA as instituições relacionadas com patrimônio histórico (e outras) a contratarem pessoas com diploma em história, tenham eles uma formação adequada ou não.
Isso é puro corporativismo.
Não é uma preocupação com a competência dos profissionais.
Esta denúncia foi postada no Facebook no dia 19 de agosto:
Pode ser que o documento da ANPUH "desapareça por encanto" do site. Por isso, estamos colocando aqui uma cópia dele. Uma simples preocupação com a preservação da nossa memória histórica...
Cópia completa da "Carta-programa" da diretoria da ANPUH, em PDF:
Nenhum comentário:
Postar um comentário